Embratel lança IoT para gestão na área de saúde.
- Ricardo Wenceslau
- 30 de out. de 2018
- 3 min de leitura

A solução de Internet das Coisas criada com parceiros permite que gestores de farmácias acessem online informações sobre remédios e tomem decisões.
Por Edson Perin
30 de outubro de 2018 - A operadora de telefonia Embratel anunciou o desenvolvimento de soluções de Internet das Coisas (ou IoT, do inglês Internet of Things) para monitorar a qualidade de medicamentos em farmácias. As soluções são produzidas em parceria com as empresas Fibo, Sierra Wireless, Konker e Bunker.
A primeira solução é um sistema que permite monitoramento automático de temperatura e umidade dos medicamentos, um requisito da Anvisa, a agência nacional de saúde, para que seja utilizada em qualquer farmácia. Atualmente o monitoramento é feito manualmente, pelo menos três vezes por dia para cada sensor - uma farmácia tem em média de três a quatro sensores.
Elisabete Couto, diretora de IoT da Embratel, diz que uma segunda solução se refere a um conservador de vacinas conectado, que também precisa ser monitorado para garantir a qualidade dos produtos que armazena. "Para as soluções mencionadas, a Embratel/Claro [Claro é a operadora de telefonia móvel da Embratel] será provedora de conectividade NB-IoT", esclarece Elisabete. "A Konker fornece a plataforma IoT, a Bunker é fabricante dos conservadores de vacinas, a Sierra Wireless é fabricante dos módulos de comunicação NB-IoT e a Fibo é provedora da aplicação de monitoramento e controle das temperaturas".
De acordo com a diretora da Embratel, com esse sistema as medições das condições ambientais da loja, como temperatura e umidade, são coletadas e registradas automaticamente, evitando esquecimentos ou erros humanos no registro das medições. "[A solução] também envia alertas e notificações caso thresholds previamente programados sejam atingidos, por exemplo, temperatura acima de 27ºC ou umidade abaixo de 30%".
Ambos os sistemas usarão padrão de comunicação NB-IOT – Cat-M1, que a Embratel garante conectar um grande número de sensores a um custo baixo. A solução funciona como "plug-and-play" [conecte e use, em inglês], sendo que o cliente precisa apenas ligar o equipamento na tomada para ter acesso imediato aos dados gerados. "Os projetos utilizam tags equipadas com sensores de temperatura e umidade, que transmitem as informações, por meio de uma rede mesh local, para um gateway de comunicação localizado na farmácia", explica Elisabete.
Começando pelo Controle de Condições Ambientais, os sensores de temperatura e umidade são distribuídos em pontos estratégicos das farmácias. Esses sensores, por meio de uma rede mesh local, enviam as informações para um gateway de comunicação dentro da farmácia, que faz o uplink dos dados para a internet, por meio da rede NB-IoT da Embratel/Claro.
Em seguida, os dados são armazenados no banco de dados da aplicação, que fica disponível para acesso online pelo proprietário da farmácia. Nessa aplicação, é possível acompanhar o histórico das medições e alarmes, extração de relatórios, acompanhamento do funcionamento dos dispositivos, entre outras informações.
Já o Conservador de Vacinas, junto com seus sistemas de controle de temperatura, possui um módulo de comunicação, que faz o uplink dos dados para a Internet, por meio da rede NB-IoT da Embratel/Claro. De forma similar ao Controle de Condições Ambientais, as informações são enviadas para uma aplicação, que permite ao proprietário da farmácia acessar online as medições, relatórios e alertas.
"No caso do Conservador de Vacinas, o sistema permitirá um monitoramento contínuo de temperatura e umidade, e será capaz de sinalizar defeitos de funcionamento, porta aberta e parada de energia elétrica", nota Elisabete. "Com essa abordagem, os clientes conseguem eliminar etapas custosas de instalação de infraestrutura de rede ou WiFi e reduzir o tempo da equipe necessário para monitorar o equipamento, melhorando a qualidade da atividade e minimizado o risco de descarte necessário de produtos de alto valor agregado, como as vacinas".
O conservador com a tecnologia embarcada está em fase de ensaios para certificação pela Anatel e InMetro. "Uma vez certificado, as farmácias poderão dispensar registros manuais de temperatura e umidade, tornando a sua relação com o órgão regulador mais previsível e menos onerosa", prevê.
Segundo a executiva da Embratel, o processo de desenvolvimento de soluções de IoT na companhia acontece em várias etapas com empresas parceiras até chegar a uma solução ideal para o cliente. "Por isso, estamos seguros que as ofertas da Embratel são as melhores do mercado", diz Elisabete. Para ela, somente com esse formato é possível trabalhar nas quatro camadas da Internet das Coisas – dispositivos, conexão, integração e aplicações – e atender integralmente às demandas dos clientes.
Disponível em brasil.rfidjournal.com.br
Acesso em 30/10/18
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